quarta-feira, 20 de maio de 2015

DXB ou Leucinose


- O que é?

A leucinose, ou doença da urina de xarope de bordo (DXB), é uma doença metabólica hereditária com caráter autossômico recessivo, que afeta principalmente recém-nascidos, mas também lactentes e infantes. Caracteriza-se por crises metabólicas que, na forma mais comum e perigosa da doença, a leucinose clássica, acomete recém-nascidos após quatro a sete dias de vida, ocasionando alteração do tônus, letargia, soluços, recusa alimentar ou sucção débil, seguidos por perda de peso, cetoacidose, cheiro característico de açúcar queimado na urina e sinais neurológicos de intoxicação, podendo evoluir para o coma e a morte. O prognóstico é extremamente desfavorável se não for instituído o tratamento precocemente, com piora progressiva até o óbito em cerca de três meses.

- Características

A DXB pode apresentar-se sob várias formas clínicas, embora a maioria dos pacientes sejam portadores da forma clássica da doença (cerca de 80%), que se caracteriza por severos sintomas neurológicos, incluindo edema e atrofia cerebral. Os mecanismos envolvidos na neuropatologia da DXB ainda não estão bem estabelecidos.
Alguns fatores podem desencadear a descompensação metabólica, entre eles infecções, vacinas, jejum, anorexia, vômitos, diarreia, anestesia e cirurgia.


Diagnóstico

O diagnóstico da DXB é fundamentalmente laboratorial e efetua-se através da elevação dos AACR e A-a-CCR no sangue, plasma ou urina, bem como através da detecção sérica de aloisoleucina que, quando presente no plasma, é considerada fator patognomônico da doença. Em oposição à elevação plasmática dos AACR verifica-se uma diminuição de outros aminoácidos neutros, como o triptofano, a tirosina, a metionina e a fenilalanina.
O diagnóstico neonatal pode ser realizado através da determinação da deficiência na descarboxilação da leucina, isoleucina e valina nos leucócitos e cultivos de linfoblastos ou fibroblastos dos pacientes com leucinose.
De grande importância, também, é o diagnóstico da DXB durante o pré-natal, que pode ser realizado por amniocentese (com células do fluido amniótico) entre a 14ª e 18ª semanas de gestação ou por análise direta do tecido de vilosidades coriônicas e cultura de células das mesmas.


- Diagnóstico diferencial

Sepse e meningite são possíveis diagnósticos que podem ser confundidos com a leucinose. Para confirmação faz-se exame de cromatografia sanguínea de aminoácidos que, acusando elevação de leucina e em menor proporção de isoleucina e valina, confirma a suspeita.
Ressalta-se que o diagnóstico precoce é fundamental na prevenção da deterioração neurológica que se instala na ausência da implementação do tratamento nutricional adequado.


- Prognóstico

As várias formas de apresentação da DXB condicionam estados de gravidade distintos. A maioria dos pacientes com a forma clássica dessa doença, se não tratados, evoluem a óbito nos primeiros três meses de vida, em decorrência das crises metabólicas e da deterioração neurológica, com todas as suas consequências. Essas crises podem ser precipitadas por infecções ou outros eventos relacionados ao catabolismo, como vacinações e cirurgias.
A progressão da doença é rápida, com aumento da letargia, das convulsões e respiração irregular. A grave cetoacidose pode levar ao coma e óbito. Os pacientes que não receberem tratamento precoce tendem a evoluir para retardo mental grave, espasticidade e cegueira.


- Tratamento

O tratamento consiste na prescrição de uma dieta hipoproteica, hipercalórica e restrita em AACR; para tanto se excluem alimentos ricos em proteínas e se deve ofertar suplementação de minerais e vitaminas, além de um acompanhamento rigoroso por diversos profissionais da saúde. Cabe destacar que as necessidades em AACR são muito variáveis em função da idade, taxa de crescimento e déficit enzimático.
Dentre as preparações dietéticas específicas para pacientes portadores de DXB, destaca-se a administração, o mais cedo possível, de leite adaptado, com baixas concentrações de valina, leucina e isoleucina, além do controle no consumo de proteína natural.
As medidas terapêuticas devem ser iniciadas logo no período neonatal – pois a literatura descreve que se essas medidas se iniciarem após 10-14 dias haverá problemas neurológicos na evolução do quadro – e devem ser mantidas por toda a vida do paciente. A eficácia do tratamento está atrelada à introdução da dieta precoce e ao controle do estado de catabolismo durante os quadros infecciosos.
O tratamento da leucinose tem por objetivos a limitação ou suspensão do aporte exógeno de proteínas provenientes dos alimentos, a diminuição do catabolismo proteico (evitando que durante os períodos de jejum, quando há diminuição do aporte de glicose, seja feito catabolismo proteico na tentativa de produzir energia e, consequentemente, formação de leucina) e a estimulação da síntese proteica (oferecendo suplementação de aminoácidos essenciais não precursores, a fim de aumentar a síntese proteica, portanto, o anabolismo).


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Conclusões

Ester Santos nº11
A doença da urina do xarope de bordo, também conhecida como leucinose, é uma doença hereditária em que o organismo não consegue processar corretamente certos aminoácidos. Por ser uma doença genética rara, caracterizada por um quadro neurológico degenerativo evolutivo, com crises epiléticas, acidose metabólica, episódios de vômitos recorrentes e odor de xarope de bordo na urina. Em todas as formas clínicas, o diagnóstico é baseado na confirmação laboratorial dos valores elevados de leucina, isoleucina e valina no plasma e urina,com presença de aloisoleucina, às vezes só detectada durante as crises, na forma intermitente. O tratamento desta doença consiste numa dieta hipoproteica restrita, é importante ter uma dieta rigorosa, excluindo os alimentos ricos em proteínas e preferindo uma boa suplementação de minerais e vitaminas
A urina dos pacientes com DXB apresenta um odor semelhante ao do xarope de bordo, cheiro adocicado parecido com açúcar queimado ou caramelo. Apesar de ser pouco conhecido no Brasil, o xarope de bordo é bastante utilizado nos EUA e no Canadá como condimento para adocicar panquecas. O odor é mais evidente quando a urina seca na roupa ou na fralda do bebê.

Essa doença acomete aproximadamente 1 indivíduo em cada 185000 nascidos vivos em todo o mundo.

Fernanda Rodrigues nº12
A doença do xarope de bordo ou leucinose é uma doença hereditária do metabolismo dos aminoácidos ramificados: leucina, isoleucina e valina, e tem transmissão autossômica recessiva, que afeta principalmente recém-nascidos, mas também lactantes e infantes. A forma clássica, de início neonatal, afeta recém-nascidos após quatro a sete dias de vida, ocasionando alteração do tônus, perda de movimentos, soluços, recusa alimentar ou dificuldade de sucção seguidos por perda de peso, cetoacidose, cheiro característico de açúcar queimado na urina e sinais neurológicos de intoxicação, podendo evoluir para a coma e a morte. A forma sub-aguda, de início um pouco mais tardio, apresenta-se clinicamente como uma encefalopatia com atraso mental, hipotoniagrave, posicionamento da cabeça para trás e atrofia cerebral de evolução muito grave. A forma intermitente pode surgir em qualquer idade, apresentando-se clinicamente sob a formade crises recorrentes de coma ceto-acidótico. A forma sensível à tiamina é específica, caracterizando-se pela rápida normalização em alguns dias dos valores plasmáticos e urinários da leucina, após a administração da vitamina tiamina. Em todas as formas clínicas, o diagnóstico é baseado na confirmação laboratorial dos valores elevados de leucina, isoleucina e valina no plasma e urina,com presença de aloisoleucina, às vezes só detectada durante as crises, na forma intermitente. O tratamento se baseia no conhecimento científico existente da doença e nas técnicas fisioterapêuticas atuais. Assim, o profissional fisioterapeuta pode auxiliar no tratamento do paciente com leucinose atuando nas sequelas motoras, estimulando o seu desenvolvimento e impedindo a inserção de complicações ortopédicas e pulmonares.

Gabriel dos Santos nº14
A doença da urina do xarope de bordo é uma doença hereditária em que o organismo não consegue processar corretamente certos aminoácidos. É um Erro Inato do Metabolismo causado pela deficiência da atividade do complexo da desidrogenase de cadeia ramificada dependente de tiamina, é herdada de forma autossômica recessiva, ou seja, um individuo afetado herdou uma mutação do seu pai e outra de sua mãe. No caso de outras gestações do casal o risco de recorrência desta mesma doença é de 25%. A deficiência deste complexo é responsável pelo aumento nos fluidos fisiológicos dos aminoácidos de cadeia ramificada leucina, valina e isoleucina. O acúmulo destes aminoácidos afeta principalmente o sistema nervoso central. As manifestações clínicas dos pacientes com DXB são variadas e dependem da atividade enzimática residual. Cerca de 80% dos pacintes apresentam a forma neonatal clássica de DXB. Os sintomais mais comuns são: dificuldade para sugar, corpo rígido, perda de peso, falta de apetite, hipoglicemia, além do odor adocicado que lembre o odor do xarope do bordo presente na urina ou no cerúmen. O odor inicia a partir de 12 horas de vida do bebê e torna-se mais intenso e aparente quando a urina seca na roupa ou na fralda. O odor fica mais evidente durante a descompensação metabólica, podendo ser percebido pelos cuidadores da criança. Quando isso ocorrer, é necessário realizar com urgência os exames laboratoriais de modo a evitar que o bebê tenha sérios danos neurológicos.

Laiane Neves nº19
A doença da urina do xarope de bordo, também conhecida como leucinose, trata-se de uma desordem hereditária, que afeta o metabolismo de aminoácidos.Este erro inato do metabolismo decorre da deficiência da enzima desidrogenase de cetoácidos de cadeia ramificada, levando ao acúmulo, na corrente sanguínea, dos aminoácidos leucina, isoleucina e valina. Como consequência desse acúmulo, há interferência nas funções cerebrais. As manifestações clínicas tipicamente surgem entre o quarto e o sétimo dias de vida e incluem letargia, dificuldade de sucção, vômitos, desidratação, perda de peso, hipotonia axial alternada com hipertonia dos membros, opistótono, crises convulsivas e sinais de edema cerebral. Além disso, a urina dos pacientes apresenta um odor adocicado, semelhante ao do xarope de bordo.A confirmação do diagnóstico é alcançada através da análise dos níveis séricos de leucina, isoleucina e valina, que se apresentam elevados na doença, por meio de análise quantitativa de aminoácidos. O tratamento desta doença envolve a inibição do catabolismo proteico, manutenção da síntese proteica e prevenção da deficiência de aminoácidos essenciais, através do consume de proteínas na forma hidrolisada de aminoácidos livres de leucina, isoleucina e valina, visando prevenir que haja um prejuízo no crescimento e desenvolvimento intelectual. Além disso, deve ser realizado o tratamento do edema cerebral durante a sua evolução aguda, podendo ser necessário utilizar diuréticos, solução salina hipertônica, manitol e suporte ventilatório. Pode ser necessário realizar hemodiálise ou diálise peritoneal pode para diminuir o nível de aminoácidos.

Laís Alves nº20
A Leucinose ou doença da urina do xarope de bordo, é denominada por ser uma doença genética rara, caracterizada por um quadro neurológico degenerativo evolutivo, com crises epiléticas, acidose metabólica, episódios de vômitos recorrentes e odor de xarope de bordo na urina. Portadores de leucinose frequentemente nascem sem anormalidades, manifestando sinais e sintomas por volta do quarto dia de vida, porém também é possível obter um diagnóstico durante o pré-natal dependendo do caso. Se não diagnosticada precocemente essa doença pode levar a danos mais graves ao indivíduo que a possuir ou até chegar a óbito em três meses de vida se não for tratada corretamente e a tempo. Já o tratamento, não é algo tão complicado assim, ele deve ser feito com o acompanhamento de um profissional da saúde rigorosamente para tudo ser feito da maneira mais correta possível e assim obter o sucesso durante o processo com o portador da leucinose. É importante começar uma dieta rigorosa, excluindo os alimentos ricos em proteínas e preferindo uma boa suplementação de minerais e vitaminas, e além de todo o controle e cautela com a dieta, é necessário iniciar medidas terapêuticas durante o período do pré-natal e essas medidas devem ser mantidas para o resto da vida de quem possui essa doença para evitar complicações, pois, o sucesso de todo o tratamento depende da dieta precoce e certa e do controle do estado de catabolismo ao longo dos quadros mais complicados. Portanto, mesmo sendo rara, não é impossível de se tratar, basta ter atenção a possíveis complicações e sempre realizar exames para se obter um diagnóstico rápido, para que a doença não evolua de forma rápida também, o que é capaz de deixar muitas sequelas numa pessoa, assim como também pode levar a morte se não for cuidada. 
Micaelly Sacoman nº30 
Leucinose ou mais conhecida como a doença do xarope de bordo é uma doença rara, hereditária do metabolismo dos aminoácidos ramificados: leucina, isoleucina e valina, e tem transmissão autossômica recessiva, que afeta principalmente recém-nascidos, mas também lactantes e infantes. A forma clássica, de início neonatal, afeta recém-nascidos após quatro a sete dias de vida, ocasionando alteração do tônus, letargia, soluços, recusa alimentar ou dificuldade de sucção seguidos por perda de peso, cetoacidose, cheiro característico de açúcar queimado na urina e sinais neurológicos de intoxicação, podendo evoluir para o coma e a morte. A forma sub-aguda, de início um pouco mais tardio, apresenta-se clinicamente como uma encefalopatia com atraso mental, posicionamento da cabeça para trás e atrofia cerebral de evolução muito grave. A forma intermitente pode surgir em qualquer idade, apresentando-se clinicamente sob a forma de crises recorrentes de coma ceto-acidótico. A forma sensível à tiamina é específica, caracterizando-se pela rápida normalização em alguns dias dos valores plasmáticos e urinários da leucina,após a administração da vitamina tiamina. Em todas as formas clínicas, o diagnóstico é baseado na confirmação laboratorial dos valores elevados de leucina, isoleucina e valina no plasma e urina,com presença de aloisoleucina, às vezes só detectada durante as crises, na forma intermitente. O tratamento desta doença consiste numa dieta hipoproteica restrita, é importante ter uma dieta rigorosa, excluindo os alimentos ricos em proteínas e preferindo uma boa suplementação de minerais e vitaminas. Portanto, por mais que seja uma doença com sérios danos, há um tratamento, basta ter os cuidados necessários e sempre fazer os procedimentos corretos e evitar complicações e não permitir que a doença evolua e acabar com os riscos ou óbito.

Nivia Cruz nº33
Os aminoácidos não processados, entre as funções, equilibram a glicose no sangue, acabam se acumulando no fígado, ocorrendo assim, a doença da urina do xarope de bordo que inclui uma grande porcentagem de recém-nascidos. É uma doença genética e rara de transmissão autossômica recessiva e pode apresentar em distintas formas. A forma que mais apresenta a doença é nos primeiros 3 a 5 dias de vida através de alteração do estado de consciência, falta de alimentação e sinais de intoxicação.  A evolução da doença sem tratamento é leva a um agravamento cada vez mais crescente até ao estado de coma profundo associado ao cheiro característico da urina ,ou seja, xarope de bordo.
Para isso, o diagnóstico precoce é fundamental na prevenção da identificação que se determina na falta da implementação do tratamento nutricional adequado. Este consiste na descrição de uma dieta restrita nos aminoácidos de cadeia ramificada, suplementada com uma mistura de aminoácidos isenta dos mesmos, de modo a poder satisfazer as necessidades em azoto. O risco da redução metabólica é elevado neste caso, pelo que o equilíbrio entre as necessidades que deve constituir um dos princípios mais importantes do tratamento da leucinose.